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terça-feira, 31 de julho de 2012

As Flores caem a Poesia sai …

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A cidade tenta engolir a poesia à explodir, num pedaço de terra os lenços se emaranham na terra seca, o verde nasce por entre os pés, as árvores se misturam com os fios, os vizinhos em suas janelas fechadas, fachadas, nada vêem e nós entre os livros perdidos cantamos mais alto que a música composta por buzinas, freios e caminhões a de querer poesia.


Jô Freitas

6 comentários:

  1. Sim, sim! A poesia. A poesia que grita e rasga e fere as entranhas da cidade... Na rebeldia dos desafinados, no canto dos desencantodos. Há poesia, ah poesia!

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  2. Poesia urbana, música urbana:

    "Em cima dos telhados as antenas de TV tocam música urbana"

    Abraço!

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  3. A poesia navega entra a poeira e escorre entre rios poluídos, grita em meio ao ensurdecedor som de buzinas, em todo espaço a poesia é.

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  4. A poesia navega entra a poeira e escorre entre rios poluídos, grita em meio ao ensurdecedor som de buzinas, em todo espaço a poesia é.

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  5. Lendo esse arremedo de poema, sou obrigado a indagar: em arte, o que vale é a intenção?

    Certamente, caso alguém não possa produzir obras relevantes, considerando-se uma intenção honesta, não se deve responder com nosso desprezo. Deve-se reconhecer uma boa tentativa, sempre.

    A questão é que, na arte, pelo que vejo, existem níveis que estão a baixo até mesmo das boas, porém frustradas tentativas.

    As boas tentativas, digamos, para assentar o terrreno, é quando, no caos atual de dizeres que nada dizem, pode-se notar alguém, ou grupo, etc. que, pelo menos, reconhecidamente, tem algo a dizer. Somente, no caso, não souberam encontrar a forma.

    É certo que quando algém tem algo a dizer efetivamente, encotra a forma adequada. Ter algo relevante a dizer e saber utilizar a forma adequada são equivalentes, sinônimos. Diria até que, num nível mais alto de elaboração, a forma adequada é JUSTAMENTE O CONTEÚDO QUE SE TEM A DIZER, formalizado, objetivado.

    Logo, quando não se encontra a forma, mas se tem algo a dizer, não se sabe ainda claramente o que é que se tem a dizer. Ou, a forma ainda não é nítida enquanto expressão de entendimento adequado do mundo.

    Mas e quando não se vê absolutamente nada no fundo? Quando, àquilo que se tem a dizer soma-se qualquer coisa que se disse, num certo momento, por dizer simplesmente. Uma compreensão balbuciante, sem vigor. Nesse caso, quando nem a intenção de se dizer algo claro aparece, falar em forma é jogar palavras no vento.

    Por que as pessoas comentam acriticamente? Por que o "poeta", no caso, é parte do círculo íntimo, amigo, ou coisa do tipo? Por que, em arte, devenmos ser paternalistas, assistencialistas, massageadores do ego alheio para que massageiem o nosso?

    O altruísmo e o voluntarismo, na arte, é um atestado de óbito. Em tudo aliás. Chega de petismo esmolento, incapaz de compreender qualquer coisa de um ponto de vista histórico. Chega de moleza espiritual, de falra de princípio, de sobrepor´relações proivadas à questões de interesse maior...

    Do contrário, é a deriva do navio nômade (uma redundância, infelismente).

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